Cidades
As oportunidades são para a Black Friday, que vai acontecer dia 29 de novembro em todo o país, para o cargo de operador de loja.
Extraída dos manguezais, a ostra é um dos produtos que formam a base da economia das comunidades remanescentes de quilombos, em Cachoeira, na zona turística Baía de Todos-os-Santos. Para facilitar o escoamento da produção do marisco, o Conselho Quilombola da Bacia e Vale do Iguape promoveu, no último fim de semana, no quilombo Kaonge, o Festival Cultural e Gastronômico da Ostra. O evento teve o apoio do Governo do Estado, por meio das secretarias de Turismo (Setur-BA) e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).
O festival é um dos atrativos do turismo de base comunitária e recebeu quase 10 mil visitantes de várias regiões da Bahia e do Brasil, além dos Estados Unidos, da Alemanha e África, em três dias de atividades.
“É a minha primeira vez no Brasil e em comunidade quilombola. Tem sido uma bela experiência, porque estou curtindo os diferentes aspectos da cultura”, revelou a norte-americana Angeli Teix. “Estou sendo muito bem recebida. É como se estivesse de volta ao meu lar, em Gana”, completou a africana Grace Owusu.
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A programação teve degustação de receitas de ostras, oficinas, debates, comercialização de produtos, desfile de moda e apresentações artísticas.
“A festa é transversalidade, dialoga com meio ambiente, sustentabilidade, saneamento básico, produção dos manguezais, educação, cultura e saúde, com o propósito de fortalecer a economia quilombola”, ressaltou o orientador do quilombo Kaonge, Ananias Viana.
Durante o evento, a Setur-BA ressaltou o trabalho do órgão para o incremento da economia solidária, com a capacitação e qualificação dos serviços turísticos oferecidos em quatro quilombos da região e ações conjuntas desenvolvidas pelo Comitê Gestor do Turismo Comunitário. O colegiado é formado por 10 secretarias estaduais, as universidades Uneb e Ufba e entidades da sociedade civil, com o objetivo de criar atividades atrativas em comunidades tradicionais. Foi assim que surgiu a Rota da Liberdade, um roteiro histórico e cultural, abrangendo localidades do Recôncavo que participaram das lutas pela Independência da Bahia.
“Esse é um segmento que tem recebido uma atenção especial do Estado, por envolver comunidades que necessitam de políticas públicas para melhorar a qualidade de vida do seu povo, por meio do turismo e de outros setores da economia, além de ganhar visibilidade com a oferta de experiências únicas, vivenciadas pelos turistas que escolhem esse território quilombola”, pontuou a assessora técnica da Setur-BA, Ilnah Oliveira.
por Redação 2JN - govba
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Uma vendedora denunciou a gerente de uma loja de roupas esportivas por racismo em Mata de São João, destino turístico da Bahia que fica na Região Metropolitana de Salvador. A denúncia foi feita depois que um áudio, onde a suspeita faz críticas ao cabelo da vítima, passou a circular nas redes sociais. Na gravação, a mulher caracteriza o cabelo da vítima como "cabelo de negro" que passou "ferro".
A reportagem entrou em contato com a suspeita do ato racista, mas não teve retorno. Em nota, a loja Track&Field afirmou que realizou uma sindicância interna para apuração do caso e desligou a funcionária que falou sobre o cabelo da ex-colaboradora. [Veja nota completa ao final da matéria]
A vendedora Vanessa Santos Ribeiro, de 26 anos, trabalhou entre 2021 e 2022 na loja localizada em Praia do Forte, destino turístico do litoral norte e que recebe diversos turistas. No final do ano passado, ela foi demitida e disse que não recebeu explicações sobre o motivo da demissão.
O áudio em que a gerente fala sobre o cabelo dela e de outra funcionária, que não teve o nome divulgado, foi gravado em 4 de setembro deste ano, por uma terceira funcionária que não quis se identificar.
Na conversa, a suspeita cita a ex-funcionária para falar sobre o cabelo dela.
“Vanessa, por exemplo, ela é negra cor de disco, eu acho que ela alisar o cabelo fica muito artificial, porque ela é ‘negra tifunzinha’. Se ela botasse o cabelo cacheado ficaria bonita, então [liso] força muito, nunca vi negro de cabelo liso”, disse a gerente no áudio.
O áudio
Durante o áudio, a suspeita fala sobre duas pessoas: Vanessa, que não é mais funcionária da loja, e uma outra mulher, que não teve o nome divulgado. Na conversa, fica subentendido que a segunda mulher citada trabalha no estabelecimento. [Ouça o Audio]
A suspeita não gosta do cabelo de nenhuma das duas trabalhadoras. Em relação a Vanessa, que usa o cabelo liso, ela acredita que o procedimento fica artificial; sobre a outra mulher, ela disse que seria melhor reduzir o black power.
“Eu acho que a outra deveria diminuir [o cabelo]. Elas não se tornam bonitas por isso, porque uma deveria assumir menos e a outra assumir mais o que ela é”, disse no áudio.
A funcionária que participa da conversa rebate que o cabelo da outra vendedora, que usa black power, é "desse jeito mesmo" e que acha bonito. Ela ainda explica que nem todos os cabelos de pessoas negras têm cachos definidos.
A suspeita rebate e pergunta o motivo de Vanessa não "assumir" o cabelo natural. A vendedora explica que muitas pessoas acreditam que é mais fácil cuidar do cabelo alisado.
“Fica artificial, as pessoas estão vendo que é um cabelo de negro de ferro”, afirmou a suspeita.
A vendedora ainda rebateu que não tem problema parecer artificial, porque quando as pessoas pintam o cabelo de loiro, também é possível perceber que a tonalidade não é a verdadeira. Mesmo assim, a suspeita insiste que Vanessa deveria "assumir a cor e o cabelo dela".
O que diz a vítima
Vanessa trabalhou na loja, que fica em Praia do Forte, entre 2021 e 2022 — Foto: Arquivo pessoal
Quando ouviu o áudio gravado pela colega pela primeira vez, Vanessa disse que ficou arrasada. Durante os seus 26 anos de vida, ela afirma que essa foi a primeira vez foi vítima de racismo de forma tão direta.
"Me perguntei se era isso mesmo que estava acontecendo, se era isso mesmo que eu estava ouvindo. Está sendo tudo muito louco para mim, me senti arrasada. Com 26 anos de idade eu nunca passei por isso, então fico até sem palavras", desabafou.
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Apesar do choque, Vanessa afirma que o racismo velado a acompanhou durante toda a permanência na loja. Ela ouvia comentários racistas vindos da suspeita, mas os classifica como "aleatórios", porque não eram direcionados para ela e ocorriam de forma desconexa.
Loja fica na vila de Praia do Forte, destino turístico no litoral norte — Foto: Divulgação
O racismo também era direcionado aos clientes negros que entravam no estabelecimento. As falas preconceituosas eram ditas nos bastidores e associavam a cor e condição financeira.
"Já presenciei também atos racistas lá dentro, com clientes mesmo, mas esses clientes não percebiam. Quando uma pessoa negra entrava na loja, diziam coisas tipo: 'ah, esse preto aí não vai comprar, não tem dinheiro'. Isso me magoava", contou.
Após o áudio gravado pela colega, Vanessa refletiu sobre o assunto e decidiu fazer um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção Ambiental de Praia do Forte, distrito da cidade de Mata de São João, na segunda-feira (2). Em nota, a Polícia Civil afirmou que a denúncia é apurada e que a suposta autora já foi intimada a prestar depoimento.
Para processar o trauma, a ex-funcionária da loja disse que também irá procurar um psicólogo.
Nota da Track&Field
"A Track&Field desde que tomou ciência do episódio ocorrido na Loja da Praia do Forte, envolvendo uma de suas funcionárias e uma ex-colaboradora, que já não trabalha na loja há mais de um ano, realizou uma sindicância interna para apuração do fato, que seguiu com o desligamento da funcionária.
Somos uma marca de bem-estar e por isso buscamos promover o melhor ambiente para nossos clientes, colaboradores e parceiros. Este tipo de situação fere os valores da marca que é veemente contra qualquer tipo de discriminação. Com isso, seguiremos prestando o apoio necessário a todas as partes envolvidas e reforçando a importância do respeito às pessoas".
por Redação 2JN - g1ba
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o assassinato foi dentro de uma residência em Barra do Pojuca, na Costa de Camaçari, região metropolitana de Salvador
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Currículos foram enviados para a plataforma da empresa, que abrirá mais de cinco mil postos de trabalho diretos.
Preço do diesel também aumentou nesta quinta-feira (13).