Índice de imunização na Bahia cai muito da 3ª dose em diante, o que aumenta risco de contaminação
O boletim InfoGripe mais recente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quinta-feira, 14, apontou para uma crescente nos casos de Covid-19 em algumas regiões do Brasil.
Os estados de São Paulo, Goiás e Espírito Santo registraram um aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19; segundo o boletim, o Rio de Janeiro é o estado com o maior indício de aumento.
A Bahia não figura entre as unidades federativas que estão com esse quadro de alerta, e para seguir dessa maneira precisa melhorar os índices de vacinação do estado; a infectologista Clarissa Cerqueira (CRM-BA 25.611) explica a razão.
“As vacinas levam à produção de proteínas que vão combater o vírus, então o nosso corpo já vai estar preparado para caso entre em contato”, diz. “Então mesmo sabendo que a vacinação não protege contra a doença, um papel contra a gravidade deve ter”, explica.
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De acordo com dados do “vacinômetro” do Ministério da Saúde, a Bahia aparece muito bem na aplicação de 1ª e 2ª dose do imunizante contra a Covid-19. No entanto, o número cai drasticamente da 3ª dose em diante, o que preocupa as autoridades de saúde.
Ao todo, 12.784.759 pessoas receberam a 1ª dose da vacina e 11.336.437 receberam a 2ª; no entanto, apenas 150.340 baianos foram imunizados com a 3ª dose contra a doença.
Nova variante
Para além da crescente dos casos de SRAG associados à Covid-19, há de se destacar ainda a importância de tomar cuidado com a mais nova variante da doença, a Éris. A médica infectologista explica como funciona a doença. “Uma variante é como se fosse uma linhagem genética de um vírus que está melhor adaptado a infectar o nosso corpo”, destaca. “Elas surgem à medida que o vírus se replica, e quanto mais transmissão da doença, mais replicação”, completa a especialista.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a Bahia ainda não registrou nenhum caso da Éris, mas Clarissa alerta para os riscos da variante.
“A capacidade de transmissão é alta porque ela tem mutações bem adaptadas à proteína espícula, que é a proteína que o vírus tem para entrar na célula e infectar”. Éris é uma subvariante da Ômicron, o primeiro caso de contaminação foi registrado na capital paulista.
por Redação 2JN
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