Graças à estreante Ary, a Seleção Brasileira estreou com goleada e já assumiu a liderança isolada do Grupo F.
Um, dois, três, quatro. O Brasil estreou na Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023 com goleada tranquila por 4 a 0 sobre o Panamá, nesta segunda-feira, em Adelaide, e assumiu a liderança isolada do Grupo F (contando também com o empate entre França e Jamaica no dia anterior). Aos 23 anos, Ary Borges fez história com três gols e uma assistência.
O roteiro dos sonhos estava escrito na cabeça dela. Quase despercebida pela idade e pouca mídia, a jovem aproveitou os espaços abertos pelas outras nas pontas - como Debinha que, incansável, puxava a marcação - para brilhar na área.
O primeiro gol saiu justamente após cruzamento perfeito de Debinha, que parece ter calculado a trajetória da bola em uma fração de segundo para encontrar Ary, desmarcada e pronta para abrir o placar.
A Seleção Brasileira ampliou a vantagem mais de 20 minutos depois, quando Tamires cruzou pela esquerda e achou de novo a autora do primeiro gol. A goleira Bailey até defendeu a primeira tentativa, mas cedeu rebote justo para a dona da noite, Ary, que não a perdoou.
Faltava um gol com cara de Brasil. No segundo tempo, de pé em pé, a bola circulou de Tamires para Debinha, que tabelou com Adriana e levantou para Ary Borges. A meio-campista estava na cara do gol e poderia ter finalizado, mas foi generosa e tocou de calcanhar para Bia Zaneratto marcar.
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Porém, o hat-trick da estreante ainda estava por vir. Geyse, que havia acabado de entrar, ergueu a cabeça e fez o levantamento para a área; a bola caprichosamente foi parar na cabeça de Ary, que tocou por baixo das pernas da goleira Bailey e ampliou. A comemoração com o símbolo de 3 na mão coroou a grande atuação de quem já está na briga pela Chuteira de Ouro da Copa do Mundo.
Sem dúvida, foi uma noite de muitas emoções para a equipe do Brasil, começando pelo choro de Adriana durante o hino - ela finalmente estreou no torneio após ser cortada por lesão em 2019 - e terminando com a majestade Marta.
A rainha começou no banco e dali mesmo passou a incentivar a nova geração, sem vaidade. A camisa 10 entrou em campo só aos 35 do segundo tempo para se tornar a quarta jogadora da história com seis edições de Copa do Mundo no currículo pessoal (a recordista ainda é a brasileira Formiga, com sete).
O número
Aos 23 anos, Ary Borges se tornou a primeira jogadora brasileira desde Marta (2003) a estrear em Copa do Mundo com gol e a única, até hoje, a estrear com três gols.
por Redação 2JN - FIFA
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